O Flamengo está acostumado à Libertadores e sabe que, na fase de grupos, fazer 9 pontos em casa é obrigação. Com essa pontuação garantida, arrancar um empate fora basta para avançar ao mata-mata.
Ao empatar em casa com o Bolívar, o time se colocou na obrigação de conquistar, fora de casa, os pontos perdidos no Brasil. Uma meta complicada, porém possível.
Não que o Fla pudesse se dar ao luxo de escolher em qual jogo fora de casa iria pontuar, mas certamente a situação seria mais fácil contra o Bolívar, que é o time mais fraco do grupo.
Hoje o time até lutou, mas foi mal na defesa durante todo o jogo, e a derrota foi uma consequência justa que dispensa desculpas. Se a bola corre mais na Bolívia, era isso para os dois lados. A tal preparação para a altitude poderia ter começado na quinta-feira, após o empate no Maracanã. Os rubro-negros estavam de folga nas últimas duas rodadas do Carioca, e o foco sempre foi a Libertadores.
Sobrou para Guayaquil, contra o Emelec, onde o ambiente será muito mais hostil. Não é possível deixar de tocar nas lembranças da eliminação trágica de 2012, que teve nos equatorianos os maiores vilões. O estádio é menor, a torcida fica próxima ao gramado e a pressão começará no trajeto do hotel ao estádio, com os torcedores jogando objetos no ônibus. Resumindo, será um jogo com a essência da Libertadores.
Agora só a vitória interessa. O time transformou o jogo no caldeirão em uma decisão e a ferida que ainda não fechou desde 2012 arderá mais uma vez em um drama desnecessário.
Se vencer e passar, o Flamengo já mostrou que é chato de segurar em mata-mata. Se não der certo, as derrotas fora de casa serão lembradas e o Emelec será elevado a uma posição mística.
Porém, o drama foi construído no Maracanã lotado, contra o Bolívar, com duas falhas da defesa e estando mais de uma vez a frente no placar.
Abraços, @Rafael_Araca.