O primeiro tempo começou com ambas as defesas falhando muito. Pelo Barça, Daniel Alves foi muito mal defendendo. Pelo Real, a marcação em linha deixava os rivais chegarem em bolas enfiadas e contra-ataques. Numa dessas enfiadas, Messi deixou Iniesta livre para bater de bico e abrir o placar. O Barça poderia ter feito mais, mas, em lançamentos que tiveram falha de marcação, Messi e Neymar perderam gols na cara do goleiro Diego López.
Então, a lenda criada por Muricy Ramalho não se limitou ao nosso território, pousou no Santiago Bernarbéu, e a bola puniu. Em dois lances parecidíssimos, a avenida Daniel Alves permitiu que Di María, melhor jogador da primeira etapa, fizesse duas boas jogadas e deixasse Benzema na cara do gol para virar o jogo. Na terceira, Piqué salvou a bola em cima da linha e impediu que o Real ampliasse o placar.
Bola que pune lá, pune cá. Se o Real não soube fazer o terceiro, Messi não perdoou. Confusão na área, a bola sobra para ele e morre nas redes. Fim de um ótimo primeiro tempo, 2x2.
Na volta, os madridistas também começaram melhor e logo começaram as polêmicas, ponto necessário de todo bom clássico. Em uma falta fora da área, o árbitro marca pênalti para o Real, e Cristiano Ronaldo, sumido até então, põe o time de volta na frente.
Menos de dez minutos depois, mais um pênalti, agora para o outro lado. Messi aciona Neymar, impedido, pela direita e ele é derrubado por Sérgio Ramos, que é expulso com razão. O argentino converteu a cobrança e empatou novamente o superclássico.
Chegando ao fim da partida, Iniesta é derrubado na área e é marcado mais um pênalti. Messi marcou com categoria outra vez, garantiu a vitória e embolou de vez o Campeonato Espanhol.
No geral, foi um ótimo jogo e muitas ponderações podem ser feitas a seu respeito:
Neymar foi muito mal durante toda a partida e precisa melhorar o rendimento, mesmo com a pressão da polêmica que gira em torno de sua transferência. Jogando pela direita perdeu muitas bolas que geraram contra-ataques.
A arbitragem é ruim em todo o mundo. A falta do primeiro pênalti ocorreu fora da área e o erro poderia ser evitado com o uso da tecnologia. É um absurdo uma instituição como a UEFA ser presidida por Platini, que é contra o avanço do esporte. No segundo pênalti, Neymar estava impedido e a falha foi, portanto, do bandeira. A falta existiu e a expulsão foi correta. No último pênalti, tudo correto.
Mais uma vez, Messi levou a melhor sobre CR7 em um confronto direto. A freguesia segue até agora, com Ronaldo sendo o melhor do mundo.
Quem se deu bem com o resultado foi o Atlético de Madrid, que só depende de si para ser campeão. O melhor Campeonato Espanhol dos últimos anos tende a ser decidido na última rodada, em Barcelona, no duelo entre os donos da casa e o Atlético.
Se o Brasil nos brindou neste domingo com amistosos entre os grandes e Ituanos país afora, ao menos tivemos a sorte de a Espanha nos oferecer este, literalmente, superclássico.
Abraços, @Rafael_Araca.