Hoje, enquanto completo dezoito anos de vida, o mundo completa vinte sem Ayrton Senna. E eu sofro por um dia não ter podido sentir o que representa Ayrton. A admiração que sinto por ele nada é próximo ao que vejo dos mais velhos.
Senna foi um herói. O maior orgulho de uma nação que acordava de madrugada para vê-lo guiar um carro, o que não faz o menor sentido para mim. Simplesmente porque não houve um atleta brasileiro com suas atitudes desde então. Não somente na Fórmula 1, que só me fez ter nojo de Barrichello e um sentimento de "tanto faz" de Massa, mas em todos os esportes.
Muitos grandes atletas vieram. Até melhores que Ayrton, acredito eu. Mas igual a ele, jamais. Porque se a equipe mandasse deixar o parceiro passar, o parceiro que lutasse para passá-lo. Sem "hoje não", drama no pódio ou coitadismo.
Enquanto este texto era escrito, assisti ao GP do Brasil de 1991. Senna correu as 7 últimas voltas só com a sexta marcha, não se fez de coitado e venceu. Somente manteve sua pose, que era de vencedor. No pódio, completamente exausto, não aguentava andar, mas fez questão de levantar uma bandeira do Brasil. Este foi o homem que todos tinham orgulho de dizer "do Brasil" após seu nome.
Li muito sobre ele nos últimos dias, e minha tristeza por não tê-lo visto só aumentou. Então me senti na obrigação de escrever algo sobre ele e o que minha geração perdeu naquele GP de Imola.
Difícil achar palavras para dizer sobre algo que você nunca pôde ter, então só deixo meu "Muito obrigado". Não sei direito pelo que sou grato, mas sinto que devo agradecer por algo.
Agradecer a Ayrton Senna do Brasil, o ídolo que não pude ter.
Abraços, @Rafael_Araca.