domingo, 25 de maio de 2014

A décima!

De um lado, o maior time do mundo, com o melhor jogador do mundo, em busca de seu décimo título. Do outro, a mais grata surpresa da temporada. O time que jogou Libertadores na Champions League, jamais abriu mão de uma dividida e viu em seu técnico um líder para se apoiar e por quem lutariam até o fim.



Finais e clássicos são partidas que não têm obrigação alguma de seguir a já quase inexistente lógica do futebol. Seja pela importância do jogo, a tensão que o envolve ou só porque futebol não se explica. Portanto, de um clássico na maior final de clubes do mundo, tudo podia se esperar. Até mesmo que nada acontecesse.


Podia se esperar por Diego Costa sendo um mero coadjuvante, marcado por um tratamento milagroso que só serviu como uma bela história. Também podia se esperar por uma pipocada gigante do melhor jogador do mundo. Por que não imaginar um Atlético jogando por uma bola? Casillas falhando em todos os lances? Não, aí já seria demais. Pois é...

"Ah, mas se o juiz não tivesse dado cinco minutos de acréscimos.." Mas deu. E se a bola do Bale no 0x0 tivesse entrado?

O futebol eternizou um grande time. Ao mesmo tempo, perdeu a chance de eternizar uma épica história que não merece ser esquecida por causa do vice. Ganhou o melhor grupo, ganhou quem jogou mais. Título mais que merecido do Real, que só faltava provar a si mesmo que é o melhor.

Foi um grande jogo, cheio de grandes histórias. E o resultado não refletir, em nada, o que aconteceu em campo, é a prova de que tivemos uma puta final de Champions League.

Abraços, @Rafael_Araca.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Aquele sobre roubos, Habib's e Tic Tac

Era um domingo de dia das mães. Após uma noite de festa com os amigos, o cara que vos escreve estava indo ao shopping para comprar um presente para sua velha.

No meio do caminho até o ponto de ônibus, eis que um jovem muito simpático, junto de outros três agradáveis colegas, me aborda e manda entregar o celular a ele, dizendo que me mataria se eu não o fizesse. Como não estava muito interessado neste negócio de morrer, entreguei a ele. Porém, ao pegá-lo, o que ele dizia ser uma faca em sua mão se mostra ser apenas duas embalagens de Tic Tac.

Desacreditado de que poderia ser morto por embalagens de plástico, eu tento, demonstrando a vergonhosa malandragem brasileira, pegar de volta o celular das mãos do pobre menino alucinado, que seguia me ameaçando de morte com as balas Tic Tac.

Então, após ser perguntado sobre a senha do meu celular, retruco perguntando se poderia ao menos fechar minhas redes sociais, para que ninguém entrasse. A resposta que recebi foi de que o bom samaritano me cederia o chip do celular. Logo após, ele me mostra o aparelho, para que eu retirasse o chip. Neste momento, pego brutalmente o celular de suas mãos e saio em disparada até um hospital próximo. Absurdo!

Lá, fui muito bem recebido, mesmo após ficarem sabendo da minha atitude de minutos anteriores. Após me acalmar e ficar consciente do crime que cometi, peguei um táxi e fui para casa.

Aqui chegando, ligo para o Habib's e tenho uma conversa com o talvez mais estúpido atendente de telemarketing do país:

- Habibs, boa noite. Não, é boa tarde, desculpa. O que deseja? — Diz o gênio.
- Boa tarde, eu gostaria de pedir um penne à bolonhesa
- Não tenho esse prato disponível...(passa-se um bom tempo). Um segundo, por favor...(passa-se muito mais de um segundo) Você gostaria de que prato mesmo?
- Um penne à bolonhesa. — Respondo, já irritado
- Um segundo, por favor...(passa-se tempo pra caralho)

Termino a ligação com um sonoro "Vai tomar no cu", e ligo novamente para o Habib's, na esperança de encontrar um atendente com um QI maior que o de uma pomba. Logo, sou atendido:

- Habib's, boa noite. Quer dizer, boa tarde, o qu...
- PUTA QUE PARIU — E desligo.

Alguns minutos depois, faço minha última tentativa. Fui atendido por uma mulher que aparentemente — Guarde esse aparentemente na cabeça enquanto segue a leitura — sabia o que estava fazendo. Em menos de meia hora, meu almoço chegou. Ou melhor, meus almoços chegaram. O Habib's enviou duas refeições, cobrou por ambas e ainda me devolveu 16 reais a menos de troco.

Quatro horas da tarde, vou assistir meu time jogar. Para concluir meu belo dia, ele perde para o maior rival após sofrer gol em um pênalti que não existiu, ter um pênalti não marcado pelo árbitro a seu favor e viver o lance de impedimento mais esdrúxulo das últimas semanas.

E assim terminou mais um belo dia na minha vida.

Eu, roubado três vezes no mesmo dia sem direito de pedir música no Fantástico, puto.

Minha mãe, no dia dela, sem presente.

E o simpático jovem que me abordou no início da história, solto. Até porque, para quem me governa, ele é só uma vítima do sistema que não merece ser criticada, graças aos Direitos Humanos. Pobrezinho...

Abraços, @Rafael_Araca.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Fechado com a Seleção

Saiu a tão esperada lista. Já sabemos o nome dos 23 que nos representarão no mês mais esperado dos últimos quatro anos. Aqueles que o povo gosta de dizer que não se importa durante todo esse tempo, mas são a causa de seu choro quando a bola não entra na Copa do Mundo.

Escolher vinte e três nomes no país do futebol nunca será tarefa fácil. Sabendo que, em época de Copa, surgem 190 milhões de treinadores Brasil afora, a situação piora. Porém, a convocação deste ano me surpreendeu positivamente. Não só pelos convocados, mas principalmente pela reação do povo.



Assim que Felipão terminou de anunciar sua lista, as redes sociais apontaram seus canhões para Henrique, marcando-o como o grande erro dessa Seleção. Se, de vinte e três escolhas, somente uma foi motivo de grande contestação, a convocação não pode ser chamada de polêmica ou qualquer outro adjetivo negativo, como foi visto em alguns meios.

Eu também não levaria Henrique, e sim o Miranda. Assim como prefiro Fábio e Filipe Luís a Victor e Maxwell. Mas trata-se da escolha de Scolari, o único treinador deste país que tem o aval para fazer o que quiser. Se convocasse uma vaca, eu ainda levaria sua opção a sério. Posso até não concordar, mas Felipão sempre terá minha confiança e apoio.

Falta pouco mais de um mês para a Copa do Mundo e a sorte está lançada. Agora falta você escolher de que lado vai ficar. O nervosinho que reclama de tudo e diz que não vai ter Copa, mas quando o título vier, irá às ruas comemorar, ou o torcedor que está ao lado da Seleção e vai até o final com o time pelo hexa: quem é você na maior Copa do Mundo de todos os tempos?

Eu estou fechado com o Felipão, os 23 convocados e a Seleção. E sigam-me os verdadeiros brasileiros loucos por futebol.

Abraços, @Rafael_Araca.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O ídolo que não pude ter

Hoje, enquanto completo dezoito anos de vida, o mundo completa vinte sem Ayrton Senna. E eu sofro por um dia não ter podido sentir o que representa Ayrton. A admiração que sinto por ele nada é próximo ao que vejo dos mais velhos.



Senna foi um herói. O maior orgulho de uma nação que acordava de madrugada para vê-lo guiar um carro, o que não faz o menor sentido para mim. Simplesmente porque não houve um atleta brasileiro com suas atitudes desde então. Não somente na Fórmula 1, que só me fez ter nojo de Barrichello e um sentimento de "tanto faz" de Massa, mas em todos os esportes.

Muitos grandes atletas vieram. Até melhores que Ayrton, acredito eu. Mas igual a ele, jamais.  Porque se a equipe mandasse deixar o parceiro passar, o parceiro que lutasse para passá-lo. Sem "hoje não", drama no pódio ou coitadismo.

Enquanto este texto era escrito, assisti ao GP do Brasil de 1991. Senna correu as 7 últimas voltas só com a sexta marcha, não se fez de coitado e venceu. Somente manteve sua pose, que era de vencedor. No pódio, completamente exausto, não aguentava andar, mas fez questão de levantar uma bandeira do Brasil. Este foi o homem que todos tinham orgulho de dizer "do Brasil" após seu nome.

Li muito sobre ele nos últimos dias, e minha tristeza por não tê-lo visto só aumentou. Então me senti na obrigação de escrever algo sobre ele e o que minha geração perdeu naquele GP de Imola.

Difícil achar palavras para dizer sobre algo que você nunca pôde ter, então só deixo meu "Muito obrigado". Não sei direito pelo que sou grato, mas sinto que devo agradecer por algo.

Agradecer a Ayrton Senna do Brasil, o ídolo que não pude ter.

Abraços, @Rafael_Araca.