A Copa de 2014 começou desacreditada e cheia de craques de fora. E, como uma entidade viva que carrega consigo uma alma, absorveu o espírito do Brasil e levou para dentro de campo tudo de melhor que nós temos.
A alegria do brasileiro tomou conta das cidades, os gringos se apaixonaram pelo país que daria vexame, e vimos chuvas de gols. Após duas Copas cheias de resultados previsíveis, surpresas vieram aos montes.
No "grupo da morte", foi a Costa Rica, massacrada por antecipação, quem matou os campeões mundiais e despachou 5 títulos de Copa de volta para casa. Todos os favoritos fizeram ao menos uma partida fraca, e o melhor time da fase de grupos foi a Colômbia, que veio para cá desacreditada por não ter seu grande craque.
A insuportável Grécia jogou bem uma partida de Copa, venceu e foi às oitavas. O toque de bola espanhol foi humilhado, e a Argélia por pouco não calou a Alemanha pela terceira vez. O homem que gerou a melhor cena de 2010 veio ao Brasil como dúvida, foi de herói a vilão e terminou sua passagem pelo torneio como protagonista outra vez.
Há cerca de 50 dias, escrevi um texto em que disse que esta seria a maior Copa do Mundo de todos os tempos. Na época, o fiz somente para tentar trazer os leitores para perto da Seleção e do torneio, não havia como dizer se seria a maior das Copas. Hoje, vejo que a bola se sentiu em casa nos gramados brasileiros e fez desta a maior Copa de todas.
Mas tudo que é bom dura pouco. A Copa, um mês, que já está no fim. Faltam só 10 jogos, e não sei se terei cabeça para escrever após o apito final, no dia 13 de julho. Por isso, já antecipo meus agradecimentos à melhor coisa que já aconteceu neste país, e faço meus votos de que vença o melhor, e que o melhor seja o Brasil.
Obrigado, e volte sempre. A casa também é sua.
Abraços, @Rafael_Araca.