sábado, 21 de junho de 2014

Eternos

Miroslav Klose chegou ao décimo quinto gol em Copas do Mundo. Jogando em uma Seleção de eficiência absurda que pode transformar qualquer grupo em parada fácil, a marca era só questão de tempo. O banco de reservas em que ele se senta ao início de cada partida é só um charme a mais para o recorde.

Mais inevitável que mais um gol de Klose, surge a necessidade de compará-lo a Ronaldo.

Klose é um exímio cabeceador, tem uma noção de posicionamento surreal que faz muita gente considerá-lo um mero sortudo, e faz gol, muito gol. Mas nunca conseguiu destaque com grandes títulos na carreira; o máximo que conquistou foram taças da Bundesliga.

Ronaldo é integrante indubitável de qualquer lista feita sobre os cinco maiores camisas 9 da história do futebol. Ganhou duas Copas do Mundo - sendo protagonista em uma delas -, uma Copa América e duas Copas das Confederações. Ah é, foi eleito o melhor jogador do mundo por três vezes também.



Acho besteira querer criar ódio por um a partir do outro. Os recordes dos dois se completam e escrevem mais uma bela página da história das Copas. O brasileiro que criou a marca na Alemanha, e o alemão que igualou-a no Brasil. Ambos marcando no mesmo adversário.

Klose deve fazer mais um ainda. Que bom. A quebra de recordes faz bem ao esporte, estimula quem corre atrás deles. A certeza de que sempre teremos um Müller para ultrapassar Fontaine, um Ronaldo para batê-los e um Klose superando todos os anteriores é o que mantém o futebol vivo.

E quem ganha com isso é você, que ama o futebol. Mas, lamentavelmente, insiste em chamar um de "gordo" e o outro de "cagão".

Abraços, @Rafael_Araca.