quinta-feira, 3 de abril de 2014

Vivos!

Quando o Cruzeiro perdeu a primeira partida da Libertadores, contra o Real Garcilaso, o confronto da volta estava preparado para ser "o jogo em que o time se vingaria pelo racismo contra Tinga". Já classificado, solto para jogar como queria, era só mostrar quem mandava no grupo.

Menosprezaram demais a Libertadores. Os tropeços vieram, a classificação foi ameaçada e até considerada impossível. Mas a superstição ficou ao lado do Cruzeiro. A salvação teria de vir contra um tradicional freguês no torneio, em um dos estádios que mais marcou as páginas heróicas imortais, eternizadas no hino celeste.

E também menosprezaram demais o Cruzeiro. O primeiro título continental veio após a morte trágica de um dos ídolos do time. O segundo, após três derrotas no começo da fase de grupos. Situações adversas não são o maior dos problemas para aquele que foi apelidado de "La Bestia Negra" pelos próprios adversários.

"O Cruzeiro está morto na Libertadores". Deveriam ter parado para analisar o que é o Cruzeiro na Libertadores. Passaram-se noventa minutos, e ele está mais vivo do que nunca. E que venham o tal duelo com o Garcilaso e a classificação. Seja pelo Tinga, pela história do clube ou pelos oito milhões de cruzeirenses que sonham com o tricampeonato.

Abraços, @Rafael_Araca.