domingo, 22 de dezembro de 2013
Respeita as moças
Merecidamente, hoje abro espaço no blog para o handebol. Após a conquista do Mundial de Handebol Feminino pelo Brasil, nada mais justo que discutirmos um pouco o esporte.
No Brasil, o handebol é um esporte desvalorizado. Sem coitadismo ou falsidade, em nosso país o handebol é tratado como um esporte escolar, não tem conhecimento popular e é esquecido pelos meios de comunicação. Prova disso é a transmissão da final somente pelo canal Esporte Interativo. Emissoras de maior porte e renome como o Sportv e a Espn preferiram preencher sua grade com reprises e eventos menos importantes a transmitir o histórico jogo de hoje, dedicando a ele pequenas menções no último quadro dos noticiários.
Acompanhei o primeiro tempo de jogo por uma rádio na internet. O narrador demonstrou pouquíssimo conhecimento do esporte, chamando o tiro de sete metros de "pênalti" e "lance livre" em diversas oportunidades. Não o culpo, por esperar essa mesma reação vinda da maioria das pessoas em nosso país. A cada 10 pessoas que dizem gostar de esportes, duvido muito que 5 saberiam dizer o nome das funções das jogadoras no handebol, o que geraria gafes comuns como "atacante".
O segundo tempo acompanhei por uma televisão espanhola que encontrei na internet. Como esperado, perdi a conta de quantas vezes ouvi o narrador enchendo a boca para chamar a sensacional Alexandra Nascimento de "melhor do mundo" e falando em "momento histórico para o Brasil". Momento histórico para o Brasil, esquecido pelo Brasil, ironicamente.
Não somos um país olímpico. Valorizamos o futebol masculino e o vôlei, somados a avulsos flashes de exaltação quando surgem Oscares, Hortências e Cielos. Porém, esses casos acontecem. Somos 200 milhões em um país propício à prática de esportes, talentos naturais acontecem naturalmente.
Então, por que não investir para que esses talentos surjam em atacado, e não de maneira esporádica? Temos um tricampeão mundial de natação, um campeão mundial e olímpico na ginástica, a maior jogadora da história do futebol feminino, a melhor jogadora do mundo de handebol atualmente, vários judocas campeões mundiais e olímpicos e dois dos melhores duplistas do mundo no tênis. Podemos ter muito mais.
Quando, como em 2012, ficarmos atrás de países como Coreia do Norte, Irã, Jamaica, Cuba, e Cazaquistão, nas nossas Olimpíadas, o fato será citado com pena e tristeza. Com trabalho e vontade, pode-se evitar esse vexame.
Respeitem mais o handebol. Ou ao menos respeitem esse time que fez história hoje. Não serei falso de dizer que tenho orgulho de ser brasileiro, mas posso dizer que tenho muito orgulho de vocês, meninas. Parabéns, Brasil!
Viva o handebol!
Abraços, @Rafael_Araca.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Só mais um sobre tapetão
Quem vos fala é um cara de 17 anos, leigo em Direito. Por favor, corrijam-me caso bobagens técnicas surjam. Agora, o texto:
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Por mais difícil que seja, não quero focar na barbárie tribal dos trogloditas que se dizem organizados. Muito menos, polemizar com minha opinião de que as torcidas organizadas são o câncer do futebol e têm na CBF sua fonte de metástase.
Hoje, mais uma vez, nosso esporte se encontra em meio a mais um debate que fugiu das quatro linhas e achou abrigo em artigos, parágrafos e incisos. Doutores em Direito Esportivo surgiram em todos os cantos, então acho que também posso dar minha opinião.
Leis são interpretativas. Se não fossem, não haveria motivo para julgamentos. Além disso, vivemos no país do jeitinho, em que as leis são estudadas para se encontrar brechas. E isso dá resultado em todas as áreas. Exemplos recentes? Na política, os embargos infringentes. No esporte, o caso do massagista que invadiu o campo e travou a Série D por semanas.
A lei diz que se a partida for paralisada por mais de uma hora, o jogo deve ser finalizado pelo árbitro. Atlético-PR x Vasco foi interrompido por 76 minutos, 1 hora + 16 minutos. Em uma situação normal, o jogo deveria ser findado e reiniciado em outro momento. Mas abramos espaço para uma análise:
O confronto foi interrompido logo após o início da pancadaria generalizada. Polícia, segurança e até helicóptero em campo. Pouco tempo após a primeira briga, outra. Dessa vez, entre os próprios atleticanos.
Enquanto isso, notícias sobre brigas fora do estádio. Ao não dar recomeço à partida, o árbitro estava esperando receber as condições necessárias de terminar o jogo com a integridade física dos jogadores mantida. Havia risco de morte no estádio, o perigo era iminente.
Os 16 minutos a mais em nada alteraram o resultado do jogo, mas garantiram a vida de quem estava em campo. Vidas, entenderam? Vai muito além de gols. Culpar o árbitro por esperar um quarto de hora a mais para salvar vidas fere a ética, tão prezada nos cursos de Direito. Sabe os tais "motivos de força maior" que as lojas colocam na fachada quando não funcionarão? Então, estão aí.
Um exemplo em que acho que a lei deveria ser aplicada? Ok:
Um jogo paralisado por uma forte chuva que alagou o campo. O árbitro espera uma hora, acha que o gramado está utilizável, mas prefere esperar mais um pouco para ver se a situação melhora. Passados 20 minutos, ele reinicia o confronto, que tem seu curso retomado. Nesse caso, os 20 minutos a mais foram causados por um desejo, uma vaidade do árbitro.
O Vasco perdeu, foi rebaixado e agora que não soube afirmar sua grandeza no campo, busca fazê-lo nos tribunais. Vascão, você caiu. Mas é muito maior que isso. Aja como um homem e aceite sua queda. Você é muito maior que os outros 18 timecos da Série B, subir será fácil e condirá muito mais com sua história.
E nossos dirigentes que se preocupem com a segurança dos torcedores de verdade e a organização de seus torneios. A maior discussão do esporte ficar dentro de tribunais só mostra a mediocridade que envolve a CBF.
Os integrantes do tal "Bom Senso F.C.", que tanto aplaudimos, que disseram sobre isso? Nada. São só mais uma falsa esperança de seriedade que tivemos.
Algum dia, quando um gringo se espantar com advogados e promotores na lista de ídolos dos nossos grandes clubes, certamente perguntará:
- Que país é esse?
E eu prontamente responderei:
-É a porra do Brasil.
Em meio à eterna bagunça em que vivemos,
Abraço, @Rafael_Araca.
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Por mais difícil que seja, não quero focar na barbárie tribal dos trogloditas que se dizem organizados. Muito menos, polemizar com minha opinião de que as torcidas organizadas são o câncer do futebol e têm na CBF sua fonte de metástase.
Hoje, mais uma vez, nosso esporte se encontra em meio a mais um debate que fugiu das quatro linhas e achou abrigo em artigos, parágrafos e incisos. Doutores em Direito Esportivo surgiram em todos os cantos, então acho que também posso dar minha opinião.
Leis são interpretativas. Se não fossem, não haveria motivo para julgamentos. Além disso, vivemos no país do jeitinho, em que as leis são estudadas para se encontrar brechas. E isso dá resultado em todas as áreas. Exemplos recentes? Na política, os embargos infringentes. No esporte, o caso do massagista que invadiu o campo e travou a Série D por semanas.
A lei diz que se a partida for paralisada por mais de uma hora, o jogo deve ser finalizado pelo árbitro. Atlético-PR x Vasco foi interrompido por 76 minutos, 1 hora + 16 minutos. Em uma situação normal, o jogo deveria ser findado e reiniciado em outro momento. Mas abramos espaço para uma análise:
O confronto foi interrompido logo após o início da pancadaria generalizada. Polícia, segurança e até helicóptero em campo. Pouco tempo após a primeira briga, outra. Dessa vez, entre os próprios atleticanos.
Enquanto isso, notícias sobre brigas fora do estádio. Ao não dar recomeço à partida, o árbitro estava esperando receber as condições necessárias de terminar o jogo com a integridade física dos jogadores mantida. Havia risco de morte no estádio, o perigo era iminente.
Os 16 minutos a mais em nada alteraram o resultado do jogo, mas garantiram a vida de quem estava em campo. Vidas, entenderam? Vai muito além de gols. Culpar o árbitro por esperar um quarto de hora a mais para salvar vidas fere a ética, tão prezada nos cursos de Direito. Sabe os tais "motivos de força maior" que as lojas colocam na fachada quando não funcionarão? Então, estão aí.
Um exemplo em que acho que a lei deveria ser aplicada? Ok:
Um jogo paralisado por uma forte chuva que alagou o campo. O árbitro espera uma hora, acha que o gramado está utilizável, mas prefere esperar mais um pouco para ver se a situação melhora. Passados 20 minutos, ele reinicia o confronto, que tem seu curso retomado. Nesse caso, os 20 minutos a mais foram causados por um desejo, uma vaidade do árbitro.
O Vasco perdeu, foi rebaixado e agora que não soube afirmar sua grandeza no campo, busca fazê-lo nos tribunais. Vascão, você caiu. Mas é muito maior que isso. Aja como um homem e aceite sua queda. Você é muito maior que os outros 18 timecos da Série B, subir será fácil e condirá muito mais com sua história.
E nossos dirigentes que se preocupem com a segurança dos torcedores de verdade e a organização de seus torneios. A maior discussão do esporte ficar dentro de tribunais só mostra a mediocridade que envolve a CBF.
Os integrantes do tal "Bom Senso F.C.", que tanto aplaudimos, que disseram sobre isso? Nada. São só mais uma falsa esperança de seriedade que tivemos.
Algum dia, quando um gringo se espantar com advogados e promotores na lista de ídolos dos nossos grandes clubes, certamente perguntará:
- Que país é esse?
E eu prontamente responderei:
-É a porra do Brasil.
Em meio à eterna bagunça em que vivemos,
Abraço, @Rafael_Araca.
sábado, 23 de novembro de 2013
Jogo de um só time
Torcida empurra a perna do jogador do seu time e segura a perna do adversário, disso todos sabemos. A torcida do Vasco encheu o Maracanã e fez sua parte nessa noite. Empurraram o time para a vitória que mantém vivo o sonho de permanecer na Série A e tudo se encaminha para uma resolução somente na trágica última rodada.
Hoje, não precisaram segurar a perna dos atletas cruzeirenses. O campeonato já acabou e fez esse papel. O Cruzeiro não precisa mais jogar, pode perder todos os jogos que ainda reinará absoluto na liderança. Para que correr?
No duelo entre o avassalador campeão brasileiro e o sofrível Vasco, deu a lógica: vitória do Vasco. Já que vocês adoram clichês e, mais ainda, reclamar de tudo, fiquem com a frase "A culpa é do sistema". Foram os pontos corridos que criaram o roteiro dessa partida.
O que o Vasco tem a ver com isso? Nada. E que consiga se salvar do rebaixamento, o futebol perde muito sem ele.
Abraços, @Rafael_Araca.
Hoje, não precisaram segurar a perna dos atletas cruzeirenses. O campeonato já acabou e fez esse papel. O Cruzeiro não precisa mais jogar, pode perder todos os jogos que ainda reinará absoluto na liderança. Para que correr?
No duelo entre o avassalador campeão brasileiro e o sofrível Vasco, deu a lógica: vitória do Vasco. Já que vocês adoram clichês e, mais ainda, reclamar de tudo, fiquem com a frase "A culpa é do sistema". Foram os pontos corridos que criaram o roteiro dessa partida.
O que o Vasco tem a ver com isso? Nada. E que consiga se salvar do rebaixamento, o futebol perde muito sem ele.
Abraços, @Rafael_Araca.
sábado, 16 de novembro de 2013
O time que não sabia brincar
Camisas de clubes carregam muito mais que símbolos e patrocinadores, carregam histórias, sentimentos e tradições, por isso são tão pesadas. As histórias que camisas trazem consigo podem ser ampliadas e diversificadas, mas a tradição não pode ser alterada.
Não tentem entender, é futebol e não faz sentido, então apenas aceitem. Se o Corinthians não pode ser campeão sem sofrimento e o Flamengo precisa de um drama e do apoio incondicional de sua torcida, o Cruzeiro tem de dar show e ser muito superior a todos.
No distante ano de 1966, a primeira academia do Cruzeiro se mostrava para o futebol com Dirceu Lopes, Piazza, Raul e Tostão. Nesse ano, começou a ser criado o jeito cruzeirense de ser campeão. Num momento em que só se falava do Santos de Pelé, o time mineiro aplicou avassaladores 6x2 e 3x2 sobre o Peixe, na final da Taça Brasil.
"Eis que irrompe no futebol brasileiro uma nova e tremenda força... O Santos de Pelé tomou um banho de bola. Foi sim uma goleada quase humorística." - Nelson Rodrigues
Nascia o maior clube das Minas Gerais.
Em 2003, já bicampeão da Libertadores e tricampeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro, sob o comando do maestro Alex, conquistou todos os títulos possíveis para a temporada, marcando mais de 100 gols no Brasileirão e atingindo a incrível marca de 100 pontos no primeiro torneio nacional de pontos corridos. A sina cruzeirense de jogar um futebol ofensivo e bonito ainda estava muito presente em sua história.
Então, passaram-se 10 anos sem grandes títulos e de uma grande decepção, na Libertadores de 2009. O Cruzeiro chegou em 2013 como um time mediano que não disputaria títulos e ficaria à sombra de seu rival, mas ele é muito maior que isso. A tradição mais uma vez falou mais alto, e com contratações precisas, o Cruzeiro encantou o país com um futebol bonito e conquistou o Brasileirão com algumas rodadas de antecedência, vencendo todos os adversários e quebrando recordes.
Muitos dizem que o Campeonato Brasileiro de 2013 foi chato, técnicamente fraco e nivelado por baixo. Em partes, até concordo. Não quero entrar muito nessa discussão, mas o Cruzeiro foi quem fez o campeonato ser chato. Não fosse a absurda superioridade cruzeirense, o torneio seria lembrado por um equilíbrio entre Grêmio e Botafogo, com a agradável surpresa de Atlético Paranaense e Goiás no topo da tabela.
Foi um título com a cara do Cruzeiro, o time que humilhou Pelé, botou a América aos seus pés mais de uma vez e estremeceu o país com a tríplice coroa. O time que fez 5 gols no maior rival no Estadual de um ano e, não satisfeito, enfiou-lhe mais 5 no ano seguinte.
O time que não deixou o Campeonato Brasileiro de 2013 ter qualquer graça.
Abraços, @Rafael_Araca.
Não tentem entender, é futebol e não faz sentido, então apenas aceitem. Se o Corinthians não pode ser campeão sem sofrimento e o Flamengo precisa de um drama e do apoio incondicional de sua torcida, o Cruzeiro tem de dar show e ser muito superior a todos.
No distante ano de 1966, a primeira academia do Cruzeiro se mostrava para o futebol com Dirceu Lopes, Piazza, Raul e Tostão. Nesse ano, começou a ser criado o jeito cruzeirense de ser campeão. Num momento em que só se falava do Santos de Pelé, o time mineiro aplicou avassaladores 6x2 e 3x2 sobre o Peixe, na final da Taça Brasil.
"Eis que irrompe no futebol brasileiro uma nova e tremenda força... O Santos de Pelé tomou um banho de bola. Foi sim uma goleada quase humorística." - Nelson Rodrigues
Nascia o maior clube das Minas Gerais.
Em 2003, já bicampeão da Libertadores e tricampeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro, sob o comando do maestro Alex, conquistou todos os títulos possíveis para a temporada, marcando mais de 100 gols no Brasileirão e atingindo a incrível marca de 100 pontos no primeiro torneio nacional de pontos corridos. A sina cruzeirense de jogar um futebol ofensivo e bonito ainda estava muito presente em sua história.
Então, passaram-se 10 anos sem grandes títulos e de uma grande decepção, na Libertadores de 2009. O Cruzeiro chegou em 2013 como um time mediano que não disputaria títulos e ficaria à sombra de seu rival, mas ele é muito maior que isso. A tradição mais uma vez falou mais alto, e com contratações precisas, o Cruzeiro encantou o país com um futebol bonito e conquistou o Brasileirão com algumas rodadas de antecedência, vencendo todos os adversários e quebrando recordes.
Muitos dizem que o Campeonato Brasileiro de 2013 foi chato, técnicamente fraco e nivelado por baixo. Em partes, até concordo. Não quero entrar muito nessa discussão, mas o Cruzeiro foi quem fez o campeonato ser chato. Não fosse a absurda superioridade cruzeirense, o torneio seria lembrado por um equilíbrio entre Grêmio e Botafogo, com a agradável surpresa de Atlético Paranaense e Goiás no topo da tabela.
Foi um título com a cara do Cruzeiro, o time que humilhou Pelé, botou a América aos seus pés mais de uma vez e estremeceu o país com a tríplice coroa. O time que fez 5 gols no maior rival no Estadual de um ano e, não satisfeito, enfiou-lhe mais 5 no ano seguinte.
O time que não deixou o Campeonato Brasileiro de 2013 ter qualquer graça.
Abraços, @Rafael_Araca.
domingo, 8 de setembro de 2013
Ilusão
Tupi Football Club, Galo Carijó, Fantasma do Mineirão. Estas são minhas alcunhas, muito prazer. Meus seguidores? Carijós, tupienses, chamem como queiram. Podem, inclusive, chamá-los de iludidos. Sim, é isso que são, e com muito orgulho.
Meus seguidores acreditam piamente em vitórias impossíveis, classificações surreais. Chegam a sonhar com o dia em que o povo de minha cidade me abraçará e receberei apoio da prefeitura. Eles seguem uma religião alternativa, me parece que só seus integrantes entendem esse sentimento. Seu Deus tem 38 anos e corre como um menino de 18. Algo como "Ademito" é o que escuto dentro de campo, esse deve ser o nome do tal líder.
"Há coisas que só acontecem ao Botafogo." O homem que primeiro disse isso não teve a honra de me conhecer. Se tem dúvidas, veja o que me ocorreu ontem:
Jogava um mata-mata contra uma equipe de Goiás. Estive eliminado até os 45 minutos do segundo tempo, quando meu artilheiro recebeu a bola dentro da área e finalizou. A bola rolava caprichosamente para as redes, no que seria o gol da minha classificação...
Mas de repente, um louco da comissão técnica adversária entrou em campo e impediu que a bola entrasse. Revolta dentro e fora de campo, desespero e lágrimas se desencontravam nas arquibancadas, num ínterim de total descrença no que ocorria, desilusão do esporte.
Após longa pausa, o árbitro retomou a partida, rezando por um gol meu, numa tentativa de salvar seu emprego. Mas não adiantou, não pude me concentrar no jogo após tal escândalo, e o apito final veio. Pancadaria, ameaças e até caso de polícia. Vejam só o que os adversários vieram fazer em minha casa. Mas o jogo duraria bem mais que 90 minutos.
Na teoria, estava eliminado. Mas isso é o que se tornou a saída da minha casa após o ocorrido. Centenas daqueles iludidos protestando por horas contra a falta de ética do adversário. Que orgulho!
Agora, a disputa será decidida nos tribunais, e torço pra a que justiça seja feita. Justiça sendo feita no país da malandragem.. É tanta ilusão que meus torcedores entram como favoritos nessa nova batalha.
Se algum de vocês ler isso e ficar triste por chamá-lo de iludido, me desculpe. Só não desista de mim, por favor. A repercussão de seus protestos me reerguerão, e seguiremos juntos até o fim, rumo ao acesso à Série C!
Abraços de um torcedor que tem fé, @Rafael_Araca.
Meus seguidores acreditam piamente em vitórias impossíveis, classificações surreais. Chegam a sonhar com o dia em que o povo de minha cidade me abraçará e receberei apoio da prefeitura. Eles seguem uma religião alternativa, me parece que só seus integrantes entendem esse sentimento. Seu Deus tem 38 anos e corre como um menino de 18. Algo como "Ademito" é o que escuto dentro de campo, esse deve ser o nome do tal líder.
"Há coisas que só acontecem ao Botafogo." O homem que primeiro disse isso não teve a honra de me conhecer. Se tem dúvidas, veja o que me ocorreu ontem:
Jogava um mata-mata contra uma equipe de Goiás. Estive eliminado até os 45 minutos do segundo tempo, quando meu artilheiro recebeu a bola dentro da área e finalizou. A bola rolava caprichosamente para as redes, no que seria o gol da minha classificação...
Mas de repente, um louco da comissão técnica adversária entrou em campo e impediu que a bola entrasse. Revolta dentro e fora de campo, desespero e lágrimas se desencontravam nas arquibancadas, num ínterim de total descrença no que ocorria, desilusão do esporte.
Após longa pausa, o árbitro retomou a partida, rezando por um gol meu, numa tentativa de salvar seu emprego. Mas não adiantou, não pude me concentrar no jogo após tal escândalo, e o apito final veio. Pancadaria, ameaças e até caso de polícia. Vejam só o que os adversários vieram fazer em minha casa. Mas o jogo duraria bem mais que 90 minutos.
Na teoria, estava eliminado. Mas isso é o que se tornou a saída da minha casa após o ocorrido. Centenas daqueles iludidos protestando por horas contra a falta de ética do adversário. Que orgulho!
Agora, a disputa será decidida nos tribunais, e torço pra a que justiça seja feita. Justiça sendo feita no país da malandragem.. É tanta ilusão que meus torcedores entram como favoritos nessa nova batalha.
Se algum de vocês ler isso e ficar triste por chamá-lo de iludido, me desculpe. Só não desista de mim, por favor. A repercussão de seus protestos me reerguerão, e seguiremos juntos até o fim, rumo ao acesso à Série C!
Abraços de um torcedor que tem fé, @Rafael_Araca.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
#FechadoComOCruzeiro
É um absurdo. O Cruzeiro é vice-líder do Campeonato Brasileiro, forte candidato ao quinto título da Copa do Brasil e voltou a ser temido pelos adversários, e a torcida nunca está satisfeita. Mais uma vitória no Mineirão, a décima-quarta em quinze jogos, agora sobre o nada imponente Flamengo, e só se vêem reclamações.
Foi um baile pra cima dos rubro-negros. A classificação poderia estar garantida, mas era o Flamengo, um gigante. E não se despreza um gigante. Gigantes não adormecem nem acordam, como a voz do povo, e não de Deus, aprendeu a dizer. Eles simplesmente estão lá, esperando que sua imensidão se mostre a todos.
E a torcida reclama.
Arrogância, talvez. Mas a arrogância nem sempre é ruim. Aos fracos, é terrível, aos fortes, nada além de um direito. A arrogância acompanha os bons, e assim deve ser. Gigantes são acostumados a vencer sempre e com autoridade. Quando isso não ocorre, há algo errado. E irrita muito aos cruzeirenses ver o time jogando tanto e convertendo pouco. Porque tradicionalmente, é um clube que joga pra cima, joga pra golear.
Éverton Ribeiro, obrigado. Após lances como esses nos faltam adjetivos. Mágico, apoteótico ou surreal? Nada se encaixa melhor do que dizer que foi um gol com a cara do Cruzeiro.
Sim, o Cruzeiro é por tradição um time de jogo ofensivo, bonito. O cruzeirense cresceu ouvindo estórias das academias celestes, do futebol arte de Tostão, Joãozinho, Natal, Piazza, Nelinho, Piazza, e tantos outros. Ele viu o time humilhar o Santos de Pelé sem piedade alguma. O cruzeirense viu um chute certo com a perna errada de um desacreditado atacante trazer a América a seus pés. Mais uma vez.
O Cruzeiro é um fenômeno. Falando em Fenômeno, ele nasceu para o mundo em solo azul e branco. Humilhou zagueiros, roubou bola de goleiros.. O cruzeirense passou quinze anos seguidos levantando taças, um recorde! 2003? O Cruzeirense ganhou nada mais que tudo em um ano.
Exaltações a parte, voltemos ao jogo.
Dois a um. Poderiam ser três ou quatro, mas não foi, é o futebol.
Ruim? Contra o Flamengo? Mata-mata? Nunca.
É ilógico reclamar do que a equipe produziu, cruzeirenses. Ainda são favoritos, são superiores, basta comprovar no Maracanã, simples.
Maracanã... É, nem tão simples. Mas há 10 anos atrás, em circunstâncias piores, aconteceu. Também com direito a golaço do craque do time, para os supersticiosos. Então, por que as cabeças baixas?
Esse é o momento para vocês estarem ao lado do time. A campanha pela internet diz que o torcedor está fechado com o Cruzeiro. Será? Agora é a hora de estar, mais do que nunca, e como sempre, apoiando a equipe. Chegou a hora de viajar com o time e ficar rouco Brasil afora de tanto gritar nas arquibancadas.
Será que o torcedor está mesmo #FechadoComOCruzeiro?
Eu estou. E que me acompanhem os que acreditam até o fim.
Abraços, @Rafael_Araca.
Foi um baile pra cima dos rubro-negros. A classificação poderia estar garantida, mas era o Flamengo, um gigante. E não se despreza um gigante. Gigantes não adormecem nem acordam, como a voz do povo, e não de Deus, aprendeu a dizer. Eles simplesmente estão lá, esperando que sua imensidão se mostre a todos.
E a torcida reclama.
Arrogância, talvez. Mas a arrogância nem sempre é ruim. Aos fracos, é terrível, aos fortes, nada além de um direito. A arrogância acompanha os bons, e assim deve ser. Gigantes são acostumados a vencer sempre e com autoridade. Quando isso não ocorre, há algo errado. E irrita muito aos cruzeirenses ver o time jogando tanto e convertendo pouco. Porque tradicionalmente, é um clube que joga pra cima, joga pra golear.
Éverton Ribeiro, obrigado. Após lances como esses nos faltam adjetivos. Mágico, apoteótico ou surreal? Nada se encaixa melhor do que dizer que foi um gol com a cara do Cruzeiro.
Sim, o Cruzeiro é por tradição um time de jogo ofensivo, bonito. O cruzeirense cresceu ouvindo estórias das academias celestes, do futebol arte de Tostão, Joãozinho, Natal, Piazza, Nelinho, Piazza, e tantos outros. Ele viu o time humilhar o Santos de Pelé sem piedade alguma. O cruzeirense viu um chute certo com a perna errada de um desacreditado atacante trazer a América a seus pés. Mais uma vez.
O Cruzeiro é um fenômeno. Falando em Fenômeno, ele nasceu para o mundo em solo azul e branco. Humilhou zagueiros, roubou bola de goleiros.. O cruzeirense passou quinze anos seguidos levantando taças, um recorde! 2003? O Cruzeirense ganhou nada mais que tudo em um ano.
Exaltações a parte, voltemos ao jogo.
Dois a um. Poderiam ser três ou quatro, mas não foi, é o futebol.
Ruim? Contra o Flamengo? Mata-mata? Nunca.
É ilógico reclamar do que a equipe produziu, cruzeirenses. Ainda são favoritos, são superiores, basta comprovar no Maracanã, simples.
Maracanã... É, nem tão simples. Mas há 10 anos atrás, em circunstâncias piores, aconteceu. Também com direito a golaço do craque do time, para os supersticiosos. Então, por que as cabeças baixas?
Esse é o momento para vocês estarem ao lado do time. A campanha pela internet diz que o torcedor está fechado com o Cruzeiro. Será? Agora é a hora de estar, mais do que nunca, e como sempre, apoiando a equipe. Chegou a hora de viajar com o time e ficar rouco Brasil afora de tanto gritar nas arquibancadas.
Será que o torcedor está mesmo #FechadoComOCruzeiro?
Eu estou. E que me acompanhem os que acreditam até o fim.
Abraços, @Rafael_Araca.
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