O Tupi enfrentará nesta quarta-feira, em jogo amistoso, o Exeter City FC, clube inglês que atualmente joga a Football League Two, o equivalente à quarta divisão do futebol inglês. Os ingleses já estão em Juiz de Fora, e eu fui ao hotel em que eles estão hospedados para bater um papo sobre o amistoso e o clube com Bruce Henderson e Julian Tagg, dois dos diretores do Exeter.
Minha primeira pergunta foi sobre como Bruce Henderson descreveria o Exeter City quanto a sua dimensão. Ele respondeu que é um clube extremamente profissional, mas de pequeno porte.
Perguntei sobre as expectativas do time para a próxima temporada, e Bruce disse que o time atual é muito jovem, sendo quase todos os jogadores do elenco da base do clube, e contra times de muita força física o grupo sai em desvantagem. Por isso, espera-se uma boa temporada, com muitas dificuldades, porém.
Também falei sobre a falta de apoio da CBF aos times pequenos no Brasil, e questionei sobre as práticas das instituições que comandam o futebol inglês com os pequenos clubes. Julian disse que a segunda, a terceira e a quarta divisões são regidas pela Football League, e que, de todo o dinheiro investido pela organização, somente 8% vai para os clubes da quarta divisão, em que o Exeter se encontra. Por isso, o time não tem grande poder financeiro.
E, como acontece em toda parte do mundo, o poder financeiro no futebol inglês se consegue pela venda dos direitos de transmissão às emissoras de tv. A Premier League é o campeonato mais assistido no mundo, e o Championship, a segunda divisão inglesa, é o terceiro. Daí, toda a força de seus clubes.
Em 1914, a Seleção Brasileira fez sua primeira partida, um amistoso contra o Exeter City. O Brasil venceu por 2x0, e os ingleses se orgulham até hoje de serem o primeiro time a enfrentar a Seleção Brasileira. Perguntei sobre a importância deste jogo na história do clube, e Bruce disse que os torcedores se orgulham muito do fato, tanto que o lema desta excursão pelo país é "Have you ever played Brazil?", ou "Você já jogou contra o Brasil?", em português.
Então, Bruce me pediu para contar um pouco sobre a história do Tupi. Falei sobre o time atual, os melhores jogadores, a situação na Série C e o episódio do "fantasma do Mineirão", que levou o Tupi a também enfrentar a Seleção Brasileira, que na época se preparava para jogar a Copa de 1966, na Inglaterra. Dando a deixa para falar de Copa do Mundo, perguntei sobre o que os ingleses acharam da Copa de 2014.
Bruce disse que viu uma Seleção Inglesa perdida taticamente e sem saber se postar em campo, com jovens bons jogadores do meio para a frente e fracos jogadores na defesa. Sobre a Seleção Brasileira, entrou no coro de grande parte da torcida e criticou a falta de organização do time de Felipão. Também criticou a falta de noção defensiva de Dante e David Luiz na partida contra a Alemanha e pediu para que eu tentasse explicar o que aconteceu com Fred.
Para finalizar, Bruce elogiou o Estádio Municipal Radialista Mario Helênio, lamentou que a partida não pudesse ser realizada lá e rasgou elogios à Universidade Federal de Juiz de Fora e à cidade.
O amistoso entre Tupi e o Exeter City será realizado no campo da Faculdade de Educação Física e Desportos da UFJF, nesta quarta-feira, às 20:00. A entrada é gratuita, e vale muito a pena conferir este histórico amistoso entre os dois times.
Abraços, @Rafael_Araca.
terça-feira, 22 de julho de 2014
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Deu pro gasto
O Cruzeiro entrou em campo nesta quinta-feira sabendo da obrigação que tinha de vencer. O Vitória, consciente de que era zebra, montou uma retranca para esta partida e tentou achar um gol em contra-ataque.
E desde o primeiro minuto o jogo seguiu o roteiro que todos sabiam. Nos 15 primeiros minutos, uma blitz do time que já entrou em campo líder e um visitante se salvando como podia. No resto do primeiro tempo, um jogo fraco.
Se tivesse feito um gol na pressão dos minutos iniciais, o Vitória teria de sair para a partida, e o Cruzeiro teria o espaço para matar o jogo em contra-ataques. Como não conseguiu, precisou martelar sem muita categoria até que surgisse alguma coisa.
Mas, como a fase é boa, era de se esperar que o gol viria. Numa jogada que não daria em nada e contra, veio. A partir daí, foi só controlar a partida e aproveitar o desespero do Vitória. Longe de ser brilhante, vieram mais dois gols para coroar a volta do líder no pós-Copa.
Líder disparado com média superior a 2 gols por partida, melhor ataque e a garantia de permancer no topo mesmo perdendo a próxima partida, o Cruzeiro deixa bem claro que vai brigar pelo bicampeonato em 2014.
Mais importante que qualquer estatística ou os 3 pontos, fica a certeza de que o Cruzeiro não precisa estar no seu melhor dia para fazer três em um adversário não muito qualificado, o que terá aos montes nesse Brasileirão. Do jogo de hoje, isso é o que de melhor fica para o torcedor.
Abraços, @Rafael_Araca.
E desde o primeiro minuto o jogo seguiu o roteiro que todos sabiam. Nos 15 primeiros minutos, uma blitz do time que já entrou em campo líder e um visitante se salvando como podia. No resto do primeiro tempo, um jogo fraco.
Se tivesse feito um gol na pressão dos minutos iniciais, o Vitória teria de sair para a partida, e o Cruzeiro teria o espaço para matar o jogo em contra-ataques. Como não conseguiu, precisou martelar sem muita categoria até que surgisse alguma coisa.
Mas, como a fase é boa, era de se esperar que o gol viria. Numa jogada que não daria em nada e contra, veio. A partir daí, foi só controlar a partida e aproveitar o desespero do Vitória. Longe de ser brilhante, vieram mais dois gols para coroar a volta do líder no pós-Copa.
Líder disparado com média superior a 2 gols por partida, melhor ataque e a garantia de permancer no topo mesmo perdendo a próxima partida, o Cruzeiro deixa bem claro que vai brigar pelo bicampeonato em 2014.
Mais importante que qualquer estatística ou os 3 pontos, fica a certeza de que o Cruzeiro não precisa estar no seu melhor dia para fazer três em um adversário não muito qualificado, o que terá aos montes nesse Brasileirão. Do jogo de hoje, isso é o que de melhor fica para o torcedor.
Abraços, @Rafael_Araca.
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Reflexões insoníacas
São duas horas da manhã e estou completamente incapaz de dormir. Ideias avulsas rondam minha mente, dúvidas aos montes e, de certeza, só uma: amanhã tem Copa.
Faltam 15 horas para o Brasil entrar em campo. A partida mais importante da Seleção desde que passei a realmente acompanhar futebol se aproxima e não me deixa ter sono.
Talvez por eu saber que o resultado definirá meu humor durante um bom tempo. Uma vitória pode fazer desta a terça-feira mais feliz do ano, e imaginar uma derrota me faz ter vontade de desaparecer do mundo.
Vêm a minha mente imagens de 2002, imagens que me fizeram entender o que é o futebol brasileiro. Os jogadores entrando no estádio, em Yokohama, fazendo pagode e sorrindo. Nenhum alemão poderia entender ou aceitar aquilo.
Uma final de Copa do Mundo, e os caras chegam preocupados em acertar a batida no pandeiro? Tão errado e tão brasileiro que só poderia dar certo. E deu.
E é só isso que eu peço aos jogadores, nesta terça-feira. Um sorriso no rosto e um Seleção mais brasileira. Vençam, percam, mas com alegria por jogar futebol e vontade de vencer. Não temos Neymar, mas temos 11 homens vestindo a camisa mais pesada do futebol. E que essa camisa represente alguma coisa a eles.
Joguem por nós, joguem por vocês, joguem pelo Neymar. Mas joguem felizes. Busquem o gol e sorriam. Sorrindo, vencemos a Copa de 2002 antes mesmo de a final começar. Sorrindo, chegaremos à final de 2014.
Por uma Seleção mais Brasileira,
Abraços, @Rafael_Araca.
Faltam 15 horas para o Brasil entrar em campo. A partida mais importante da Seleção desde que passei a realmente acompanhar futebol se aproxima e não me deixa ter sono.
Talvez por eu saber que o resultado definirá meu humor durante um bom tempo. Uma vitória pode fazer desta a terça-feira mais feliz do ano, e imaginar uma derrota me faz ter vontade de desaparecer do mundo.
Vêm a minha mente imagens de 2002, imagens que me fizeram entender o que é o futebol brasileiro. Os jogadores entrando no estádio, em Yokohama, fazendo pagode e sorrindo. Nenhum alemão poderia entender ou aceitar aquilo.
Uma final de Copa do Mundo, e os caras chegam preocupados em acertar a batida no pandeiro? Tão errado e tão brasileiro que só poderia dar certo. E deu.
E é só isso que eu peço aos jogadores, nesta terça-feira. Um sorriso no rosto e um Seleção mais brasileira. Vençam, percam, mas com alegria por jogar futebol e vontade de vencer. Não temos Neymar, mas temos 11 homens vestindo a camisa mais pesada do futebol. E que essa camisa represente alguma coisa a eles.
Joguem por nós, joguem por vocês, joguem pelo Neymar. Mas joguem felizes. Busquem o gol e sorriam. Sorrindo, vencemos a Copa de 2002 antes mesmo de a final começar. Sorrindo, chegaremos à final de 2014.
Por uma Seleção mais Brasileira,
Abraços, @Rafael_Araca.
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