Torcida empurra a perna do jogador do seu time e segura a perna do adversário, disso todos sabemos. A torcida do Vasco encheu o Maracanã e fez sua parte nessa noite. Empurraram o time para a vitória que mantém vivo o sonho de permanecer na Série A e tudo se encaminha para uma resolução somente na trágica última rodada.
Hoje, não precisaram segurar a perna dos atletas cruzeirenses. O campeonato já acabou e fez esse papel. O Cruzeiro não precisa mais jogar, pode perder todos os jogos que ainda reinará absoluto na liderança. Para que correr?
No duelo entre o avassalador campeão brasileiro e o sofrível Vasco, deu a lógica: vitória do Vasco. Já que vocês adoram clichês e, mais ainda, reclamar de tudo, fiquem com a frase "A culpa é do sistema". Foram os pontos corridos que criaram o roteiro dessa partida.
O que o Vasco tem a ver com isso? Nada. E que consiga se salvar do rebaixamento, o futebol perde muito sem ele.
Abraços, @Rafael_Araca.
sábado, 23 de novembro de 2013
sábado, 16 de novembro de 2013
O time que não sabia brincar
Camisas de clubes carregam muito mais que símbolos e patrocinadores, carregam histórias, sentimentos e tradições, por isso são tão pesadas. As histórias que camisas trazem consigo podem ser ampliadas e diversificadas, mas a tradição não pode ser alterada.
Não tentem entender, é futebol e não faz sentido, então apenas aceitem. Se o Corinthians não pode ser campeão sem sofrimento e o Flamengo precisa de um drama e do apoio incondicional de sua torcida, o Cruzeiro tem de dar show e ser muito superior a todos.
No distante ano de 1966, a primeira academia do Cruzeiro se mostrava para o futebol com Dirceu Lopes, Piazza, Raul e Tostão. Nesse ano, começou a ser criado o jeito cruzeirense de ser campeão. Num momento em que só se falava do Santos de Pelé, o time mineiro aplicou avassaladores 6x2 e 3x2 sobre o Peixe, na final da Taça Brasil.
"Eis que irrompe no futebol brasileiro uma nova e tremenda força... O Santos de Pelé tomou um banho de bola. Foi sim uma goleada quase humorística." - Nelson Rodrigues
Nascia o maior clube das Minas Gerais.
Em 2003, já bicampeão da Libertadores e tricampeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro, sob o comando do maestro Alex, conquistou todos os títulos possíveis para a temporada, marcando mais de 100 gols no Brasileirão e atingindo a incrível marca de 100 pontos no primeiro torneio nacional de pontos corridos. A sina cruzeirense de jogar um futebol ofensivo e bonito ainda estava muito presente em sua história.
Então, passaram-se 10 anos sem grandes títulos e de uma grande decepção, na Libertadores de 2009. O Cruzeiro chegou em 2013 como um time mediano que não disputaria títulos e ficaria à sombra de seu rival, mas ele é muito maior que isso. A tradição mais uma vez falou mais alto, e com contratações precisas, o Cruzeiro encantou o país com um futebol bonito e conquistou o Brasileirão com algumas rodadas de antecedência, vencendo todos os adversários e quebrando recordes.
Muitos dizem que o Campeonato Brasileiro de 2013 foi chato, técnicamente fraco e nivelado por baixo. Em partes, até concordo. Não quero entrar muito nessa discussão, mas o Cruzeiro foi quem fez o campeonato ser chato. Não fosse a absurda superioridade cruzeirense, o torneio seria lembrado por um equilíbrio entre Grêmio e Botafogo, com a agradável surpresa de Atlético Paranaense e Goiás no topo da tabela.
Foi um título com a cara do Cruzeiro, o time que humilhou Pelé, botou a América aos seus pés mais de uma vez e estremeceu o país com a tríplice coroa. O time que fez 5 gols no maior rival no Estadual de um ano e, não satisfeito, enfiou-lhe mais 5 no ano seguinte.
O time que não deixou o Campeonato Brasileiro de 2013 ter qualquer graça.
Abraços, @Rafael_Araca.
Não tentem entender, é futebol e não faz sentido, então apenas aceitem. Se o Corinthians não pode ser campeão sem sofrimento e o Flamengo precisa de um drama e do apoio incondicional de sua torcida, o Cruzeiro tem de dar show e ser muito superior a todos.
No distante ano de 1966, a primeira academia do Cruzeiro se mostrava para o futebol com Dirceu Lopes, Piazza, Raul e Tostão. Nesse ano, começou a ser criado o jeito cruzeirense de ser campeão. Num momento em que só se falava do Santos de Pelé, o time mineiro aplicou avassaladores 6x2 e 3x2 sobre o Peixe, na final da Taça Brasil.
"Eis que irrompe no futebol brasileiro uma nova e tremenda força... O Santos de Pelé tomou um banho de bola. Foi sim uma goleada quase humorística." - Nelson Rodrigues
Nascia o maior clube das Minas Gerais.
Em 2003, já bicampeão da Libertadores e tricampeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro, sob o comando do maestro Alex, conquistou todos os títulos possíveis para a temporada, marcando mais de 100 gols no Brasileirão e atingindo a incrível marca de 100 pontos no primeiro torneio nacional de pontos corridos. A sina cruzeirense de jogar um futebol ofensivo e bonito ainda estava muito presente em sua história.
Então, passaram-se 10 anos sem grandes títulos e de uma grande decepção, na Libertadores de 2009. O Cruzeiro chegou em 2013 como um time mediano que não disputaria títulos e ficaria à sombra de seu rival, mas ele é muito maior que isso. A tradição mais uma vez falou mais alto, e com contratações precisas, o Cruzeiro encantou o país com um futebol bonito e conquistou o Brasileirão com algumas rodadas de antecedência, vencendo todos os adversários e quebrando recordes.
Muitos dizem que o Campeonato Brasileiro de 2013 foi chato, técnicamente fraco e nivelado por baixo. Em partes, até concordo. Não quero entrar muito nessa discussão, mas o Cruzeiro foi quem fez o campeonato ser chato. Não fosse a absurda superioridade cruzeirense, o torneio seria lembrado por um equilíbrio entre Grêmio e Botafogo, com a agradável surpresa de Atlético Paranaense e Goiás no topo da tabela.
Foi um título com a cara do Cruzeiro, o time que humilhou Pelé, botou a América aos seus pés mais de uma vez e estremeceu o país com a tríplice coroa. O time que fez 5 gols no maior rival no Estadual de um ano e, não satisfeito, enfiou-lhe mais 5 no ano seguinte.
O time que não deixou o Campeonato Brasileiro de 2013 ter qualquer graça.
Abraços, @Rafael_Araca.
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